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Síndrome de Burnout

O termo Burnout pode ser traduzido livremente como “queimar para fora” ou “consumir-se de dentro para fora”, ou ainda “queimar totalmente”. A síndrome tem início na mente, avança com sintomas físicos e emocionais, comprometendo o desempenho laboral e a própria saúde do indivíduo.


Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo, o quinto mais depressivo, e estamos acompanhando o crescimento muito rápido, principalmente no ambiente corporativo, da Síndrome de Burnout, também conhecida como “síndrome do esgotamento”. Segundo esta pesquisa, 69% dos diagnosticados citam o trabalho como a maior fonte de stress.


Normalmente ocorre quando a pessoa se sobrecarrega de trabalho, chegando à exaustão física e emocional para corresponder às expectativas próprias e exigências de colegas e superiores e ao perceber que não consegue, acaba frustrada e descompensada. Diante disso, o equilíbrio somente pode ser reestabelecido a partir do momento em que ocorre a tomada de consciência – a qual, por sua vez, só é possível por meio de uma jornada de autoconhecimento.


Apesar dos primeiros estudos sobre Burnout terem sido realizados na década de 60, esse mal ainda é pouco conhecido pela maioria de nossos profissionais.


Na esfera corporativa, os efeitos do Burnout manifestam-se na redução da produtividade, qualidade do trabalho executado, alta rotatividade, aumento do absenteísmo e no incremento de acidentes ocupacionais.


Interessante observar que o fenômeno Burnout está cada vez mais em evidência ao mesmo tempo em que a Resiliência aparece como uma das competências desejadas/exigidas para os profissionais de hoje.


Será que ao se autoimpor ser Resiliente, estaríamos preparando o caminho para o Burnout? Será que estamos entendendo de forma adequada a capacidade de sermos resilientes?


Buscando as primeiras citações ao termo resiliência, na década de 70, encontramos o termo como uma adaptação da ciência utilizando como referência a resistência de materiais em que se considera a “Zona elástica” como a máxima tração/pressão que o material pode suportar retornando a sua condição original ao cessar a mesma. Parece similar ao que ainda hoje muitos consideram a resiliência, somente trocando a tração/pressão por stress?


Creio que a resiliência se entendida como somente a capacidade de resistir a qualquer stress/pressão do dia a dia no trabalho, criará um farto terreno para o Burnout! Deixaremos a resiliência como um tema para uma próxima conversa.


Considerando que conviver com o stress é uma necessidade nos tempos atuais e a habilidade de lidar adequadamente com ele nos ajuda a tratar do Burnout, como anda sua habilidade para lidar com o stress?


Preste atenção em alguns sintomas que podem indicar que você está no caminho do Burnout: Cansaço mental e físico excessivos; Insônia; Dificuldade de concentração; perda de apetite; irritabilidade e agressividade; desânimo e apatia; negatividade constante; baixa autoestima; sentimentos de derrota, de fracasso e de insegurança. E você, será que está enfrentando alguns dos sintomas acima? Se estiver, fique atento e incorpore atividades de relaxamento em seu dia a dia. Se cuide para garantir que terá condição de produzir em “alta performance” a longo prazo, se mantenha atualizado, alterne momentos de grande dedicação ao trabalho com momentos de relaxamento e busque atividades que te dão prazer.


Que tal nos contar o que você tem feito para atravessar este momento atípico de isolamento/afastamento social necessário, enfrentado as exigências profissionais e ao mesmo tempo cuidado do corpo e da mente?


Escrito por Paulo Couto – Consultor da DorseyRocha Consultoria. Engenheiro civil com Pós Graduação em Administração Hospitalar. Professor Pós Graduação na UNICAMP. Foi Professor e Coordenador da Faculdade de Administração de Empresas da UNIP Campinas, graduação e pós-graduação.

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