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Pessoas 4.0, você já está preparado para isso?


Você que anda preocupado com o mundo VUCA – volátil, incerto, complexo e ambíguo; que antenado, todo dia se depara com um novo avanço no campo da transformação digital, da Revolução 4.0. E mais, que se mobiliza para fazer uma nova formação, uma atualização e, apesar de tudo, observa o final do ano se aproximando. E aí, fica angustiado sentindo uma bola se formando no seu estômago? Relaxe, você é normal!


No livro Organizações Exponenciais, Salim Ismail e seus parceiros advogam que fazer planejamento estratégico para 3 ou 5 anos é inútil.  Que as mudanças são tantas e tão intensas que um ano virou longo prazo e isso é o máximo que deveríamos considerar ao planejar. Não concordamos totalmente. Pensamos que o plano nos permite saber onde estamos e para onde vamos – assim quando ocorrem mudanças, podemos fazer correções na rota. Por outro lado, Salim está correto com relação às mudanças produzidas pelas novas tecnologias que provocam desmaterialização; por exemplo, hoje a câmera fotográfica se tornou um aplicativo e seu uso se intensifica exponencialmente. Em maio-18, a Canon anunciou o final de sua produção de câmeras com filme.


Pessoas x Robôs

A tecnologia não torna obsoleto somente um produto, ela pode agregar valor ou extrair valor; pode transformar um negócio ou até acabar com ele; pode tornar desnecessária a realização de determinados trabalhos ou substituir o trabalho humano por um robô.


A startup Icon apresentou, em parceria com a ONG New Story, um projeto para imprimir, em impressora 3D, uma casa inteira em 24h e ao custo de US$4mil. Solução maravilhosa para países pobres, mas imaginem o que fará com o trabalho dos pedreiros.


A chamada Revolução Industrial 4.0 – cuja base tecnológica inclui big data, robótica, inteligência artificial e IoT – internet das coisas, já é realidade e tudo o que nos parecia ficção científica há 15 anos agora faz parte do cotidiano. Tudo que era burro e isolado, começa a ficar inteligente e conectado. Bem, mas aí começamos a falar em marketing 4.0, vendas 4.0 e líderes 4.0. Então por que não podemos pensar em Pessoas 4.0?

E que tal especificamente você 4.0. Como será?


Não temos todas as respostas. Aliás não temos a maioria delas. Mas vamos começar dizendo que seria bom se fosse inteligente e conectado, e queremos enfatizar: conectado com a vida.


Diante de tantas novas exigências e possibilidades de descontinuidade em tudo o que fazemos e somos bons, precisamos estabelecer novas expectativas para nós mesmos. Reconhecer que não teremos todas as respostas, muitas vezes não saberemos nem mesmo fazer as perguntas certas… Porém temos que parar um pouco, refletir e identificar: o que é mais importante para nós? Então, poderemos, com pés no chão, definir o que iremos fazer para levar adiante nossa vida.


Precisamos desenvolver novos conhecimentos e habilidades para atuar numa nova realidade e ter novas atitudes, como estar preparados para trabalhar colaborativamente em comunidade e multidão – “crowdsourcing”, fazer parte de uma equipe mista de pessoas e robôs, interagir e aprender com eles; talvez ter um robô com líder.


No vídeo Change 2, Gerd Leonhard afirma que “traços humanos como criatividade, imaginação, intuição, emoção e ética” se tornam, nesse momento, ainda mais importantes de serem cultivados. Possivelmente traços que irão demorar mais tempo para serem desenvolvidos pelas inteligências artificiais. Concordamos!


Vamos então resumir dizendo que Pessoas 4.0 sabem o que é importante para suas vidas, são inteligentes e conectadas, usam a imaginação, criatividade, intuição, emoção e ética; aplicam seus conhecimentos e utilizam suas habilidades enquanto são válidos.


Se o pior acontecer, isto é, se você for substituído por um robô, reconheça que isso não será o fim, mas apenas um ponto para recomeçar. Afinal, você sabe o que é importante para você e para sua vida. Não sabe?  


Escrito por Ely Bisso – Sócio e Diretor e  Ismael Almeida Iba – Consultor, ambos da DorseyRocha Consulting.

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