Há dois mil e vinte anos atrás nascia num celeiro em Belém, na Judéia, tendo como berço uma manjedoura um Homem que ainda hoje é lembrado por boa parte da população mundial por suas palavras e atitudes, devidamente registrados posteriormente por seus discípulos. Para os Cristãos, ele é o filho de Deus enviado para a redenção de seus pecados.
Porém, hoje meu foco é no homem Jesus e não na religião e, principalmente, falar do líder que foi e como teria se saído em nossos tempos “modernos” se estivesse hoje por aqui à frente de uma organização. Será que suas características estariam compatíveis com o perfil do Líder 4.0?
Bem, segundo Adam Grant, psicólogo, professor e autor da Wharton School of the University of Pennsylvania, que aborda os diferentes tipos de líderes no ambiente de trabalho, definiu que são três os principais perfis dos líderes e comenta sobre as diferenças entre doadores e recebedores no local de trabalho:
Takers, ou tomadores que veem as interações como uma forma de extrair valor de outras pessoas e as abordam com uma mentalidade de “Como posso obter o máximo possível dessa troca”.
Matchers, ou trocadores cujo instinto é tentar manter um equilíbrio de dar e receber em suas interações. Ele tenta manter a justiça e o senso de quid pro quo em suas relações com os outros. Se faz um favor a alguém, espera um igual em troca.
Givers, ou doadores são do perfil mais raro: são pessoas que ajudam os demais sem esperar nada em troca, tipo “Tenho observado você triste, desanimado, podemos conversar um pouco? Quero ouvir de você o que está acontecendo, quem sabe posso lhe ajudar...Para Grant este é o perfil das pessoas generosas e são os que atingem as maiores posições nas empresas.
Podemos também definir que o Líder 4.0 deve ser justo e buscar novos conhecimentos para se aproximar das pessoas e extrair o que cada uma tem de melhor em prol de um objetivo comum, reconhecendo as diferenças entre os diversos colaboradores e para isso seria importante ter como perfil:
Ser Exemplo e conduzir a equipe se utilizando da motivação, inspiração e respeito, tanto pessoal quanto profissional, caminhar lado a lado com a equipe, mostrando, por meio de feedbacks construtivos a direção para que cada passo saia como planejado. Ser autêntico, aberto, flexível e adaptável.
Ter Inteligência emocional – ou seja a capacidade de ler os outros e de se relacionar com todos.
Foco nas pessoas – criar relações colaborativas, otimização de diferentes tipos de talento, capacidade de influência e motivar para a inovação, criando espaço para a experimentação e para o erro.
Destreza cultural – a combinação de conhecimento de diferentes culturas e competências interpessoais para alcançar resultados no contexto transcultural
Capacidade para pensar – o entendimento profundo do negócio, tomar decisões complexas, pensar o novo diferente; e promover e responder à mudança encontrando oportunidades em ambientes de incerteza
Agilidade de aprendizagem – a habilidade de aplicar conhecimentos consolidados do passado a situações e problemas futuros
Foco nos resultados – a iniciativa, gestão da execução e foco no desempenho
Bom, se considerarmos que as características acima são importantes para o sucesso do Líder 4.0 e fizermos uma rápida avaliação do Homem que por aqui passou há 2020 anos, creio que podemos concordar, pelos registros realizados, que Ele preenche as características descritas acima para ser considerado um líder de sucesso.
Dois mil anos se passaram, porém o exemplo deste grande líder está cada vez mais atual...
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Escrito por Paulo Couto – Consultor da DorseyRocha Consultoria. Engenheiro civil com Pós Graduação em Administração Hospitalar. Professor Pós Graduação na UNICAMP. Foi Professor e Coordenador da Faculdade de Administração de Empresas da UNIP Campinas, graduação e pós-graduação.