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Felicidade e Resultados nas Organizações


Tive a oportunidade de participar do AMCHAM TALKS e gostaria de compartilhar com vocês um pouco do que observei no geral e particularmente o tema FELICIDADE, que foi trazido pelo Prof. Michael Norton.


Do geral, a coisa que quero compartilhar é que a palavra PROPÓSITO, foi usada por dez em cada dez palestrantes como uma de suas âncoras ao falar de qualquer assunto no evento.


Eu fico sempre com um pé atrás! Como dizia Nelson Rodrigues: toda unanimidade é burra! Porém, como toda regra tem exceção, deve existir por aí alguma unanimidade que não é burra. E vai que é justamente essa.


Meu ponto então é o seguinte: sim, ter um propósito dá sentido e significado para a nossa ação, logo faz com que todo mundo que se identifica com propósito fique mais comprometido e engajado; portanto o resultado tem maior probabilidade de ser alcançado e logo a organização aumenta sua chance de fazer sucesso. Entretanto tudo que passa a ser usado em excesso, vira modismo e acaba sendo utilizado somente para “consumo externo”, consequentemente não funciona ou funciona mal, sofre desgaste e acaba abandonado.


Então fica aqui uma sugestão: não escreva o propósito da sua organização em substituição à missão, somente para fazer um banner bonito e fixar na parede, porque isso não irá mudar o destino da organização, vai produzir desgaste e ser somente o “sabor do mês”.


O Professor Michael Norton discorreu sobre as pesquisas que realizou e que deram origem ao seu livro “Happy Money”.


A abordagem tenta demonstrar que ao fazer as pessoas se sentirem felizes as organizações podem se beneficiar dos resultados. Ele perguntou à plateia o que comprariam com U$20 para sentirem maior felicidade; em seguida perguntou se o que compraram com os últimos U$ 20 que gastaram, foi o mesmo que os deixaria mais felizes? A constatação da grande maioria é que não, pois nem sempre decidimos gastar para nos sentirmos mais felizes.


Brincando com o ditado: Dinheiro não compra felicidade, afirmou que quem diz isso é porque não está gastando bem seu dinheiro, não está fazendo as melhores escolhas.

Apresentou a tese de que o dinheiro nos traz maior felicidade quando investimos em:

  • Comprar experiências – lazer, viagens, aprendizado;

  • Comprar tempo – substituímos nosso trabalho manual por um equipamento ou terceirizamos uma atividade que nos toma tempo e não nos dá prazer;

  • Investimos nos outros – um presente, uma ajuda, um bolsa de estudos.

Em suas pesquisas, constatou que ficamos muito mais felizes quando compramos uma viagem do que quando compramos um bem (computador, TV). E de maneira curiosa contou que nas pesquisas as pessoas informam que a véspera da viagem é o dia mais feliz, pela expectativa do que irá acontecer.


Demonstrou dados em que fica evidente que nos sentimos mais felizes em beneficiar os outros do que ao adquirir algo para nós mesmos; que mesmo nas empresas é assim, as pessoas ficam mais felizes quando reconhecem o outro do que quando recompensam a si mesmas.


Que os funcionários se engajam mais em um programa de metas quando a empresa se compromete a doar uma parte dos resultados para uma ONG e mais ainda, quando os colaboradores podem decidir doar para uma ONG de sua escolha.


Finalmente, relatou que o mesmo se dá em campanhas com clientes, quando a empresa se compromete a doar uma parte do faturamento para uma ONG, isso tem valor e é reconhecido pelos clientes. Entretanto fizeram uma campanha onde o próprio consumidor poderia doar a porcentagem do faturamento para uma ONG de sua escolha. Isso teve um reflexo maior no faturamento e na fidelização dos clientes.   


Seus estudos evidenciaram que quando as pessoas estão sentindo-se felizes elas se tornam mais engajadas e produzem mais, contribuindo para melhores resultados organizacionais.


E você? O que compraria com R$ 50,00 que faria você mais feliz?


Escrito por Ely Bisso – Sócio e Diretor da DorseyRocha Consulting.  Engenheiro eletricista pela Faculdade de Engenharia Elétrica da UNICAMP, bacharel em Ciências Administrativas pela PUC-Campinas, com pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho pela UNICAMP e MBA em RH pela FGV.

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