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ESG e o Papel Estratégico de RH

A sigla ESG surgiu pela primeira vez em 2005, numa conferência da ONU liderada pelo então Secretário Geral – Kofi Annan e fez parte do relatório Who Cares Wins – Connecting Financial Markets to a Changing World -“Ganha quem se importa – Conectando o Mercado Financeiro para Mudar o Mundo” – do Banco Mundial. No Brasil usamos também ASG.

Desde então a importância do tema vem crescendo. O objetivo da ONU era provocar a conexão entre investimentos e sustentabilidade.

Em 2006, a ONU lançou os Princípios para o Investimento Responsável (PRI) e instigou as empresas a aderirem ao PRI assumindo compromisso público de participarem do esforço global para a construção de um sistema financeiro mais sustentável – mais de 4.000 organizações já aderiram.

Quais são os Fatores ESG ou ASG:



Ambiental: como a empresa administra o ambiente em que atua, como age em relação aos riscos ambientais; controle de poluição, uso da água e energia.

Social: como a empresa se relaciona com os colaboradores, clientes, fornecedores, comunidades. Como trata as questões de inclusão, diversidade, desenvolvimento e direitos humanos.

Governança: como lida com a remuneração de executivos, processos sucessórios, compliance, direitos dos acionistas.

Como as organizações estão lidando com essas questões. Toda as vezes que um tema como esse ganha força, podemos observar tendências de forma de comportamentos diversas: as empresas que não estão ainda lidando com o assunto (só focalizam resultados financeiros por exemplo); as que aderem fazendo disso uma bandeira de marketing e imagem de marca, mas de fato não fazem grandes avanços e aquelas que tomam a frente e começam a transformar seus negócios.

Podemos considerar que pelo menos em parte os três aspectos ambiental, social e de governança atravessam o campo de atuação de RH. Trata-se de mais uma oportunidade para que a área de RH se coloque estrategicamente e influencie de fato a estratégia do negócio. Muitas vezes os dirigentes de RH se colocam em papéis periféricos e atuam marginalmente nas questões da estratégia do negócio.

Pesquisa indicam que as empresas com boas práticas ESG, além de estarem mais preparadas para o futuro, são mais bem vistas pelo mercado, pela sociedade e por investidores. Assim, faturam mais e valorizam a própria imagem. Um estudo da McKinsey, demonstrou que o lucro operacional pode crescer até 60% com práticas ESG bem executadas. Nos últimos 15 anos, as empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3) valorizaram 67% a mais do que as listadas no Ibovespa.

Além disso, se constata que as práticas ESG atraem talentos profissionais e fidelizam clientes. As novas gerações tendem a avaliar o compromisso da empresa com questões ambientais e sociais quando escolhem onde trabalhar e o que consumir.

Também em pesquisa da McKinsey, se constatou que mais de 70% dos consumidores pagariam até 5% a mais por um produto sustentável.

O Brasil começou a ampliar seu olhar para o ESG, as empresas estão avançando alguns passos nessa direção, mas ainda há lacunas que precisarão ser preenchidas para que o país não fique para trás nesse movimento. O papel de RH pode ser determinante nessa ação!


Ely Bisso – Sócio Consultor da DorseyRocha Consultoria

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