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Design Thinking: como usar para criar soluções inovadoras?


O design thinking tornou-se um processo conhecido há quase dez anos. Entretanto, ainda está no domínio e uso de poucos profissionais nas organizações.


Desenvolvido por Tim Brown no livro “Design Thinking”, o conceito é apresentado como um modelo mental e um processo que pode ser usado nos diferentes campos para “construir soluções inovadoras e centradas no ser humano”.


O termo design é usado correntemente no Brasil para definir desenho, forma, modelo. Quando dizemos esse carro tem design, queremos dizer que o carro tem um desenho bonito, agradável, avançado, ousado. No original em inglês é um verbo que significa projetar, desenhar, esboçar etc.


Tim Brown em seu livro descreve que ao conversar com seu amigo e sócio na IDEO – Consultoria de Inovação, este mencionou que sempre que alguém lhe perguntava sobre design ele percebia que incluía a palavra thinking na resposta para explicar o que os designers fazem. Foi assim que Tim Brown cunhou o termo design thinking.


Quais são os pilares do Design Thinking?

Primeiro e acima de tudo, o foco na pessoa, criar solução centrada no ser humano. Esse passo exige a prática da empatia, ir pesquisar o interesse, os motivos e as necessidades das pessoas para as quais a solução se destina.


Segundo, a ideia de inovação, não necessariamente novidade, mas a concepção e o uso inovador de algo para criar a solução para um problema ou aproveitar uma oportunidade.


Terceiro, a proposta de cocriação, isto é, envolver os interessados e não apenas os especialistas na criação da solução.


Quarto, a antecipação da experimentação da solução pelo uso da prototipagem. Isso significa que no design thinking tão logo a solução é concebida se propõe a criação de um protótipo, simples, mesmo rudimentar que possibilite um teste pelo “cliente” para avaliar se essa solução realmente será percebida e assimilada como uma solução que adiciona valor pelos seus usuários.  A solução precisa atender ao que ele chama de tripla restrição: praticabilidade, viabilidade e desejabilidade (ver figura).



O uso de protótipos e a antecipação do teste de aceitação da solução nos possibilita reduzir muito o tempo e os custos que estariam associados ao desenvolvimento da solução que depois poderia se revelar ruim ou não ser aceita pelo cliente.


Aplicando o Design Thinking

O processo do design thinking envolve essencialmente análise – uso do pensamento divergente e síntese – uso do pensamento convergente.


Preparando as pessoas

Considerando a ideia da cocriação, ou seja, que os interessados devem participar da criação da solução, então quando pensamos em usar design thinking na organização, torna-se desejável que as pessoas em posição de liderança dentro da empresa tenham conhecimento e domínio do uso do processo de design thinking.


Nos clientes em que temos trabalhado o desenvolvimento do tema, realizamos um workshop onde a metodologia é assimilada numa aplicação simulada, usando um tema de conhecimento geral das pessoas e depois em um tema da realidade do cliente definido previamente ou escolhido pelo grupo que participa do treinamento. Assim, as pessoas se apropriam da metodologia e imediatamente podem reconhecer suas vantagens.

Escrito por Ely Bisso – Sócio e Diretor da DorseyRocha Consulting.  Engenheiro eletricista pela Faculdade de Engenharia Elétrica da UNICAMP, bacharel em Ciências Administrativas pela PUC-Campinas, com pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho pela UNICAMP e MBA em RH pela FGV.

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