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Acredita que ter melhores talentos é a chave de sucesso da organização?


Esta questão sempre vem à tona quando tratamos das estratégias das empresas para serem bem-sucedidas. Inclusive, em alguns casos, para justificar o insucesso por não poderem pagar pelos melhores talentos. Constantemente, esta visão quanto aos talentos, está definida nas políticas de desenvolvimento da organização.


Segundo Jack Welch, toda organização tem em média 20% de funcionários que são considerados essenciais, responsáveis por “fazerem a diferença”. Adverte que não cuidar adequadamente destes profissionais pode significar sua saída para um concorrente, causando grande estrago. Portanto, a organização deve ter uma política adequada para mantê-los motivados e engajados.


O ponto para o qual quero chamar a atenção é que devemos observar e definir com cuidado os talentos dos quais precisamos e, em seguida, pensar como vamos ajudá-los a se desenvolverem.


Talentos, saiba identificá-los!

Temos encontrado organizações que acreditam que devem identificar estes talentos e dar a eles todas as possibilidades de desenvolvimento porém, ao mesmo tempo, acreditam que só os verdadeiros talentos, aqueles quem tem o dom, devem ser apoiados. Assim, acabam impedindo que bons profissionais diferenciados lapidem suas competências e se transformem em talentos. Ao não acreditarem na possibilidade de desenvolvimento daqueles que não tem o talento nato, não os habilitam, motivam e desafiam. Cria-se, dessa forma, a situação da “profecia anunciada”. E, ao não os habilitarem, realmente não atingirão alta performance. Alimentarão a crença de que somente quem tem o talento pode se desenvolver. É a criação da cultura definida por Carol Dweck como Mind Set Fixo, onde cada um já vem com a capacidade definida “de fábrica”.


Talentos e o cenário atual

Agora, pare um pouco e reflita: no mundo atual em que cada vez mais temos enfrentado cenários conhecidos como VUCA: muito Voláteis, Incertos (em inglês Uncertainty), Complexo e Ambíguo, de rápidas e disruptivas mudanças, onde a estratégia deve ser no estilo do “tiro ao prato”, em que temos que mirar onde o prato vai estar e não onde está agora, podemos continuar acreditando que dispomos somente de 20% de nossos funcionários/colaboradores para fazer a diferença?


Michael Jordan, que a maioria conhece como um monstro do basquete, foi cortado da seleção de basquete da escola secundária. Ou seja, não foi recrutado pela universidade para a qual queria ingressar. No Draft, peneira da NBA, foi a terceira escolha (os dois primeiros abriram mão dele pois não tinha o talento). Hoje, bem hoje ele é o Michael Jordan que chegou onde chegou pois é um profissional disciplinado e focado, talentos que não foram avaliados no Draft, além de habilidoso.


Será que sua organização está abrindo mão de alguns Michael Jordan por estar observando somente os talentos natos?


Quer conversar sobre isto? Entre em contato e será um prazer atendê-lo.


Escrito por Paulo Couto – Consultor da DorseyRocha Consulting.  Engenheiro civil com Pós Graduação em Administração Hospitalar. Professor Pós Graduação na UNICAMP. Foi Professor e Coordenador da Faculdade de Administração de Empresas da UNIP Campinas, graduação e pós-graduação.

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